Sincor-SP marca presença em evento do CCS-SP sobre desafios no ramo de auto
3 de agosto de 2017O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, participou do tradicional encontro do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), realizado na última terça-feira (1º/08), no Circolo Italiano. O evento teve como tema “A crise no setor de seguros de automóveis”, apresentado pelo presidente da HDI Seguros, Murilo Setti Riedel.
Segundo Riedel, o mercado enfrenta um grande desafio com a diminuição do poder de compra e o envelhecimento da frota, que resultaram na queda de penetração de seguros auto. “Nos últimos cinco anos, o ramo automóvel cresceu 7% ao ano, para atingir R$ 33 bilhões, mas, em 2016, contraiu 2,3%. Com a desaceleração econômica e a subida do desemprego, a venda de veículos novos caiu 46%. A frota está envelhecendo e a penetração de seguros caiu de 36% para 32% em 2016. Além disso, o aumento da criminalidade, registrada no curto prazo, tem contribuído para a deterioração da sinistralidade do setor”, expôs o palestrante.
O presidente do Sincor-SP defende a diversificação da carteira do corretor de seguros, para que a categoria mantenha a linha de crescimento dos negócios, sem depender do seguro de automóvel. “A cada dia se comprova que o conceito do empreendedorismo que defendemos traz às pessoas autonomia, independência, visão de futuro e capacitação. Cada profissional precisa trilhar seu caminho, transformando desafios em oportunidades”, destacou Camillo.
Ele lembra que as entidades do setor estão colaborando com a capacitação dos corretores. No Sincor-SP, os profissionais contam com 26 comissões, que atuam nas mais diversas linhas de negócios. Como é o caso da Comissão Rural, que possui representação no Ministério da Agricultura e mostra as grandes oportunidades no agronegócio, como também a Comissão de Crédito, Garantia e Fiança, que atua no Congresso, trabalhando efetivamente na construção das leis de licitação.
“Estamos representados ainda na Comissão de Vida e Previdência da Susep, da qual sou membro, atuando na construção do seguro Universal Life de forma adequada, com um carregamento que seja possível para as companhias e para os corretores diversificarem a oferta desse produto, e em oportunidades para a previdência privada, que será tão necessária aos brasileiros com a reforma da previdência social. Estamos atuando em diversas frentes”, pontuou.
Questionado sobre a atuação da Youse, o presidente da HDI Seguros declarou que a empresa não oferece ameaça, pois sua estratégia não considera os princípios do seguro e que, por isso, não terá longevidade. “A conta simplesmente não fecha”, acredita Riedel.
Nesse ponto, Camillo ressaltou que o mercado de seguros está tomando atitudes, pois até que o consumidor perceba que a Youse é uma ilegalidade, pode ser induzido de que leva vantagem, assim como aqueles que contratam seguros de associações. “A ilegalidade precisa ser combatida. Tanto é que o pedido da Youse de se tornar uma seguradora foi indeferido pela Susep. O mercado de seguros está unido atuando nesse tema”.
Camillo finalizou dizendo que, apesar dos desafios do seguro automóvel, ainda há muitas oportunidades no Brasil. “O potencial do País e do nosso mercado de seguros é incomparável e inequívoco. Em 2018, estaremos diante de um novo período eleitoral, com o qual tudo pode ser transformado novamente. A economia pode voltar a entrar num processo crescente e o Brasil reacender”.
Fonte: Comunicação Sincor-SP