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Sincor Digital 2023 atualiza corretores de seguros sobre temas que impactam a profissão

Evento on-line discutiu o PLC 29/2017, o Open Insurance e o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros

O Sincor-SP realizou, no dia 22 de novembro, mais uma edição de seu evento on-line anual Sincor Digital – Conectando o Mercado de Seguros. Com o título “Atualizar para Crescer”, o evento destacou temas que impactam o corretor de seguros, e que muitos profissionais ainda estão distantes de informações, como o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 29/2017, que trata de uma grande transformação no setor de seguros; o sistema aberto de seguros Open Insurance, que foi ajustado para atender pleitos; e as propostas do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS).

O presidente do Sincor-SP, Boris Ber, mediou o debate, que teve como palestrantes Antonio Penteado Mendonça, advogado especializado em seguros; Armando Vergílio, presidente da Fenacor; e Roberto Santos, presidente do Conselho Diretor da CNseg. “Temos a satisfação de realizar um Sincor Digital especial, com uma banca bem escolhida, para fechar o ano levando informação aos corretores de seguros”, apontou.

PLC 29/2017

De acordo com Boris Ber, o Projeto de Lei Completar que transforma o mercado de seguros recebeu contribuições dos corretores de seguros, por meio da Fenacor, e das seguradoras, por meio da CNseg, e foram aparadas arestas. “Voltamos a trabalhar unidos pelo bem do nosso mercado”.

Antonio Penteado Mendonça disse que se reuniu com o advogado Ernesto Tzirulnik, “pai” do PLC 29/2017, e garante que é inevitável o Brasil ter uma “Lei de Seguro”. “Podemos ter uma lei boa, que é o projeto de lei da forma como está agora redigido, fruto de acordo com a CNseg, a Fenacor e os profissionais de resseguradoras; ou podemos ter um projeto de lei de forma não tão boa, que é o PLC 29/2017 em seu texto original”, afirmou.

No que impacta os corretores de seguros, Antonio Penteado Mendonça destacou alguns pontos. “O seguro massificado, que a maioria dos corretores está habituada a trabalhar, não terá maior mudança. Será uma lei que vai privilegiar o trabalho do corretor, porque determina prazos que o profissional será obrigado a atender e são bastante interessantes, principalmente para os seguros de automóvel, residencial e pequenas empresas. O projeto impacta mais nos grandes riscos, que estão fora da atuação da maioria dos corretores no Brasil. Em relação aos resseguros, muda que toda regulamentação deve ser escrita em português e adotar a legislação brasileira, o que é muito positivo.”

Open Insurance

O Open Insurance foi inserido no mercado na esteira do Open Banking, para formar o Open Finance. “O problema é que as primeiras regulamentações foram extremamente equivocadas. Fizeram um ‘copia e cola’, mas seguro é completamente diferente de banco, no seguro já tem o corretor que avalia as propostas e a melhor relação custo-benefício, num trabalho consultivo para o segurado. Criaram o Open Insurance deixando o corretor de seguros de fora, e aí nos levantamentos para ajustar”, argumentou Armando Vergílio.

A Susep ajustou o projeto e as Sociedades Iniciadoras de Serviço de Seguro (SISS), que excluíam os corretores de seguros, foram substituídas pelas Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente (SPOC), para incluir os profissionais.

“Uma SPOC precisa ser muito bem estruturada, exige-se capital mínimo de R$ 1 milhão, além de investimentos em tecnologia, portanto pouquíssimos conseguiriam atuar. A Fenacor foi buscar informação, vimos que o Open Insurance é inexorável, e que precisamos incluir o corretor. Então, estamos constituindo uma SPOC, chamada OpenCor, na missão de oferecer ferramentas para que o corretor continue desempenhando seu papel de forma competitiva. Buscamos nos antecipar, pois não queremos ser pegos desprevenidos. Teremos a ferramenta que o corretor, se precisar, poderá utilizar para que continue exercendo seu papel”, argumentou.

PDMS

A CNseg lançou, em março, o plano de desenvolvimento do setor, que reúne metas e mudanças a serem realizadas. “O Brasil é um país subdesenvolvido em seguros por causa da baixa penetração no PIB – tem 6%, mas ainda é pouco. Isso ocorre por não termos uma cultura de seguro no Brasil”, disse Roberto Santos. “Seguro entrega proteção e as pessoas só veem a necessidade de proteção quando o risco está muito próximo, por isso vimos um avanço do setor depois da pandemia.”

Segundo ele, a solução identificada foi desenvolver um programa estruturado com quatro pilares: 1) Imagem do Seguro, 2) Canais de Distribuição, 3) Produtos e 4) Eficiência Regulatória – que foram divididos em 44 iniciativas que irão guiar as ações da CNseg até 2030.

O PDMS é resultado de um trabalho realizado ao longo de seis meses por entidades supervisionadas pela Susep e pela ANS, representadas pelas quatro Federações que compõem a CNseg – FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde, FenaCap – e por corretores de seguros, por meio da Fenacor.

“Vamos continuar falando desses temas no Sincor-SP, orientando os corretores, levando informação e conhecimento, para deixar os profissionais, cada vez mais, inteirados do que vem pela frente. Dúvidas causam incerteza e queremos o contrário: que o mercado continue evoluindo”, garantiu Boris Ber.

Ganhadora de um notebook

No Sincor Digital foi realizada a premiação de um notebook, cuja ganhadora foi a corretora de seguros Sidneia Bortolozo da Silva, associada da Regional São José do Rio Preto.

Confira o programa na íntegra clicando aqui.

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