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Seguro de crédito ainda é pouco explorado e pode ser oportunidade para o corretor

Com surgimento nos anos 90, após a entrada de seguradoras estrangeiras no Brasil, o seguro de crédito cresceu, mas ainda não consegue avançar mais do que 10% ao ano no País, arrecadando, aproximadamente, R$ 300 milhões. Especialistas acreditam que a falta de cultura de seguro e de corretores de seguros especializados contribuem para a estagnação do setor. No entanto, o cenário econômico desfavorável ajudou a dar visibilidade e gerar maior interesse na contratação do seguro.

Para orientar os corretores sobre o segmento, as Comissões de Crédito e Garantia da FenSeg, Sindseg SP e do Sincor-SP, se uniram e realizaram o I Workshop Seguro de Crédito, no dia 25 de setembro, em São Paulo. O treinamento abordou as características do produto, além de ressaltar as vantagens de atuar no ramo. De acordo com o coordenador da Comissão do Sincor-SP, Edmur Almeida, o papel do grupo é levar conhecimento aos corretores interessados no segmento. “Enquanto Comissão, temos dois objetivos: avaliar e ajudar no desenvolvimento dos produtos das seguradoras, e promover treinamentos como esse, que estimulem o corretor a aprender e investir em outros ramos”, completa.

Representando o presidente do Sincor-SP, a 2ª vice-presidente, Simone Martins, ressaltou o incentivo ao empreendedorismo praticado pela entidade. “É nosso dever levar conhecimento ao corretor de seguros. E, com esse Workshop, pretendemos estendê-lo aos profissionais em todo o Estado, realizando o treinamento nas regionais do Sincor-SP”, declara.

A vice-presidente da Comissão de Riscos de Crédito e Garantia da FenSeg, Cristina Rocco Salazar, afirma que, pela falta de cultura do seguro no Brasil, a maioria dos segurados são empresas multinacionais. “Apesar disso, a procura pelo seguro tem aumentado bastante por conta da estagnação econômica. É preciso aproveitar o momento de perda das empresas para oferecer o produto. São quando elas sentem mais necessidade da proteção”.

Marcele Lemos Ferreira, membro da Comissão, explicou as características do produto, ressaltando que o público-alvo são empresas com faturamento a partir de R$ 800 mil e atuantes nos mais diversos ramos. A executiva ainda destacou as vantagens na contratação do seguro. “Além da proteção do seguro, as companhias também oferecem um serviço de consultoria, que auxiliam as empresas a escolherem melhor os investimentos, assim como gerenciar os riscos”, explica.

O corretor de seguros que se interessar pelo segmento deve se especializar e manter-se atualizado sobre o setor. As executivas alertam que o profissional deve ter conhecimento sobre a área e lembrar que o valor do prêmio é alto e a índice de renovação é grande.

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O evento teve a participação da Comissão de Crédito, Garantia e Fiança, que é composta por Edmur de Almeida (coordenador), Alex São Leandro Sigrist, André Dabus, Felippe Krinker, Fernando Ber, Franklin Nogueira, Lucas Escosa Delalibera, Roberto Carlos de Almeida e Samuel Lasry Sitnoveter.

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